sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O amor discípulo amado .

Hoje, imaginando a cena da crucifixão de Jesus lembrei-me de algo que já havia perpassado o meu coração antes e que voltou à mente de uma forma especial.

Refleti sobre a pessoa de João. O homem que recostou a cabeça no peito do mestre, “Aquele que Jesus amava”, como diz a Palavra (João 19,26).

No momento do Calvário, como uma parte do próprio Jesus, João assistiu ao espetáculo de Sua dor... Imagino o quando João deve ter desejado estar no lugar de Jesus naquele momento, ou pelo menos, ao lado, também pregado numa cruz se possível! Só para tentar amenizar-lhe as dores, padecendo junto. É... Mas a missão dele era outra, ele precisou permanecer ali, parado, incapaz de interferir em favor daquele que era, além de seu Deus, seu melhor amigo.

Creio que a dor de Jesus ressoava no coração de João...

Na vida, nossos calvários só mudam de dimensão, mas acabam bastante parecidos com o de Jesus. Por muitas vezes nos vemos inúteis, inválidos, diante de uma realidade que não podemos mudar, não é? Em momentos como este, precisamos aprender com João, que assumiu as tantas responsabilidades que Jesus lhe confiou e foi até o fim; até as últimas e mais dolorosas conseqüências por amor. A fidelidade dele foi provada no momento em que todos os outros abandonaram o Senhor

Boa parte do humano de Jesus encontrava abrigo naquele ombro - infinitamente mais humano - de João. Como em tudo, Jesus ‘desceu de Sua divindade’ para nos ensinar, com a própria vida, uma lição belíssima! De que assim como “É próprio do amor abaixar-se”, é próprio da amizade verdadeira, ceder para fazer crescer o outro, calar em respeito às suas escolhas, chorar junto em compaixão à sua dor, perdoar para reafirmar a certeza de que “o amor tudo crê, tudo espera, tudo supera e tudo suporta” (I Cor. 13)... E que como todo dom, amizade é um sacerdócio de amor, de serviço absolutamente gratuito, de doação plena.











Não me julgo capaz de descrever com precisão tão sublime ensinamento! Que para nós, fique este exemplo de humanidade e humildade que Deus nos deu na amizade de Jesus e João. Um ensinamento capaz de alimentar a nossa esperança de sanar as feridas do mundo com o amor divino que se fez/faz humano para estar perto de nós.

"Não existe amor maior que dar a vida pelos amigos" (João 15,13)

sábado, 26 de março de 2011

Para Refletir...

Pequeno trecho da carta de Paulo Souza ao Padre Zezinho:
"Eu, evangélico e ex-católico.

Maria não pode nada. Menos ainda as imagens dela que vocês adoram. Sua igreja continua idólatra. Já fui católico e hoje sou feliz porque só creio em Jesus. Você com suas canções é o maio propagador da idolatria Mariana. Converta-se enquanto é tempo. Senão vai para o inferno com suas canções idólatras..." Paulo Souza, São Paulo - SP.

Agora leia na íntegra a resposta de Padre Zezinho.

Sua carta chega a ser cruel. Em quatro páginas você consegue mostrar o que um verdadeiro evangélico não pode ser. Seus irmãos mais instruídos na fé sentiriam vergonha de ler o que você disse em sua carta contra nós católicos e contra Maria. O irônico de tudo isso é que enquanto você vai para lá agredindo a mãe de Jesus e diminuindo o papel dela no cristianismo, um número enorme de evangélicos fala dela, hoje, com maior carinho e começa a compreender a devoção dos católicos por ela.

Você pegou o bonde atrasado e na hora errada e deve ter ouvido os pastores errados, porque, entre os evangélicos, tanto como entre nós católicos, Maria é vista como a primeira cristã, e a figura mais expressiva da evangelização depois de Jesus. Eles sabem da presença firme e fiel de Maria ao lado do filho divino.

Evangélico hoje, meu caro, é alguém que pautou sua vida pelos evangelhos e, por ser um bom evangélico, não é preciso agredir nem os católicos nem a Mãe de Jesus. Você é muito mais antimariano do que cristão ou evangélico. Seu negócio é agredir Maria e os católicos. Nem os bons evangélicos querem gente como você no meio deles.

Quanto ao que você afirma, que nós adoramos Maria, sinto pena de você. Enquanto católico, segundo você afirma, já não sabia quase da bíblia por culpa de nossa igreja, agora que virou evangélico parece que sabe menos ainda de bíblia, de Jesus, de Deus e do reino dos céus. está confundindo culto de veneração com culto de adoração, está caluniando quem tem imagens de Maria em casa ao acusá-los de idólatras. Ora, Paulo, há milhões de católicos que usam das imagens e sinais do catolicismo de maneira serena e inteligente, e você usava errado, teria que aprender. Ao invés disso foi para outra igreja aprender a decidir quem vai pro céu e quem vai para o inferno. Tornou-se juiz da fé dos outros.

Deu um salto gigantesco em seus meses, de católico tornou-se evangélico, pregador de sua igreja e já se coloca como a quarta pessoa da Santíssima Trindade, porque está decidindo quem vai pro céu e quem vai para o inferno. Mais uns dois anos, talvez dê um golpe de estado no céu e se torne a primeira pessoa da Santíssima Trindade. Então talvez, mande Deus avisar quem você por no céu e no inferno.

Sua carta é pretenciosa. Sugiro que estude mais evangelismo, e em poucos anos, estará escrevendo cartas bem mais fraternas e bem mais serenas do que esta. Desejo de todo o coração que você encontre bons pastores evangélicos. Há muitíssimos homens de Deus nas igrejas evangélicas que ensinarão a você como ser um bom cristão e como respeitar a religião dos outros. Isso você parece que perdeu quando deixou de ser católico. Era um direito que você tinha: procurar sua paz. Mas parece que não a encontrou ainda, a julgar pela agressividade de suas palavras.

Quanto a Maria nem um problema: é um excelente caminho para Jesus. Até porque, quem está perto de Maria, nunca está longe de Jesus. Ela nunca se afastou, tire isso por você mesmo. Se você se Deu ao trabalho de me escrever uma carta para me levar a Jesus, e se acha capaz disso, imagine então o poder da mãe de Deus! De Jesus ela entende mais do que você. Ou, inebriado com a fé você se acha mais capaz do que ela? Se você pode sair por aí escrevendo cartas para aproximar as pessoas de Jesus, Maria pode milhões de vezes mais com sua prece de mãe. Ela já está no céu e você ainda está aqui apontando o dedo contra os outros e decidindo quem vai ou quem não vai pra lá.
Grato por sua carta. Mostrou-me porque devo lutar pela compreensão entre as igrejas. É por causa de gente como você.

Pe. Zezinho - scj.

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Poisé, RESPEITO é bom e todo mundo gosta! Antes de falar é bom conhecer e para complementar sua reflexão, leia também o texto a seguir.

"Uma árvore que cai faz mais barulho que uma floresta que cresce"

Segue carta do padre salesiano uruguaio Martín Lasarte, que trabalha em Angola, de 06 de abril e endereçada ao jornal norte-americano The New York Times. Nela expressa seus sentimentos diante da onda midiática despertada pelos abusos sexuais de alguns sacerdotes enquanto surpreende o desinteresse que o trabalho de milhares religiosos suscita nos meios de comunicação.

Eis a carta:
Querido irmão e irmã jornalista: sou um simples sacerdote católico. Sinto-me orgulhoso e feliz com a minha vocação. Há vinte anos vivo em Angola como missionário. Sinto grande dor pelo profundo mal que pessoas, que deveriam ser sinais do amor de Deus, sejam um punhal na vida de inocentes. Não há palavras que justifiquem estes atos. Não há dúvida de que a Igreja só pode estar do lado dos mais frágeis, dos mais indefesos. Portanto, todas as medidas que sejam tomadas para a proteção e prevenção da dignidade das crianças será sempre uma prioridade absoluta.
Vejo em muitos meios de informação, sobretudo em vosso jornal, a ampliação do tema de forma excitante, investigando detalhadamente a vida de algum sacerdote pedófilo. Assim aparece um de uma cidade dos Estados Unidos, da década de 70, outro na Austrália dos anos 80 e assim por diante, outros casos mais recentes...
Certamente, tudo condenável! Algumas matérias jornalísticas são ponderadas e equilibradas, outras exageradas, cheias de preconceitos e até ódio.
É curiosa a pouca notícia e desinteresse por milhares de sacerdotes que consomem a sua vida no serviço de milhões de crianças, de adolescentes e dos mais desfavorecidos pelos quatro cantos do mundo!
Penso que ao vosso meio de informação não interessa que eu precisei transportar, por caminhos minados, em 2002, muitas crianças desnutridas de Cangumbe a Lwena (Angola), pois nem o governo se dispunha a isso e as ONGs não estavam autorizadas; que tive que enterrar dezenas de pequenos mortos entre os deslocados de guerra e os que retornaram; que tenhamos salvo a vida de milhares de pessoas no Moxico com apenas um único posto médico em 90.000 km2, assim como com a distribuição de alimentos e sementes; que tenhamos dado a oportunidade de educação nestes 10 anos e escolas para mais de 110.000 crianças...
Não é do interesse que, com outros sacerdotes, tivemos que socorrer a crise humanitária de cerca de 15.000 pessoas nos aquartelamentos da guerrilha, depois de sua rendição, porque os alimentos do Governo e da ONU não estavam chegando ao seu destino.
Não é notícia que um sacerdote de 75 anos, o padre Roberto, percorra, à noite, a cidade de Luanda curando os meninos de rua, levando-os a uma casa de acolhida, para que se desintoxiquem da gasolina, que alfabetize centenas de presos; que outros sacerdotes, como o padre Stefano, tenham casas de passagem para os menores que sofrem maus tratos e até violências e que procuram um refúgio.
Tampouco que Frei Maiato com seus 80 anos, passe casa por casa confortando os doentes e desesperados.
Não é notícia que mais de 60.000 dos 400.000 sacerdotes e religiosos tenham deixado sua terra natal e sua família para servir os seus irmãos em um leprosário, em hospitais, campos de refugiados, orfanatos para crianças acusadas de feiticeiros ou órfãos de pais que morreram de Aids, em escolas para os mais pobres, em centros de formação profissional, em centros de atenção a soropositivos... ou, sobretudo, em paróquias e missões dando motivações às pessoas para viver e amar.
Não é notícia que meu amigo, o padre Marcos Aurelio, por salvar jovens durante a guerra de Angola, os tenha transportado de Kalulo a Dondo, e ao voltar à sua missão tenha sido metralhado no caminho; que o irmão Francisco, com cinco senhoras catequistas, tenham morrido em um acidente na estrada quando iam prestar ajuda nas áreas rurais mais recônditas; que dezenas de missionários em Angola tenham morrido de uma simples malária por falta de atendimento médico; que outros tenham saltado pelos ares por causa de uma mina, ao visitarem o seu pessoal. No cemitério de Kalulo estão os túmulos dos primeiros sacerdotes que chegaram à região... Nenhum passa dos 40 anos.
Não é notícia acompanhar a vida de um Sacerdote “normal” em seu dia a dia, em suas dificuldades e alegrias consumindo sem barulho a sua vida a favor da comunidade que serve. A verdade é que não procuramos ser notícia, mas simplesmente levar a Boa-Notícia, essa notícia que sem estardalhaço começou na noite da Páscoa. Uma árvore que cai faz mais barulho do que uma floresta que cresce.
Não pretendo fazer uma apologia da Igreja e dos sacerdotes. O sacerdote não é nem um herói nem um neurótico. É um homem simples, que com sua humanidade busca seguir Jesus e servir os seus irmãos. Há misérias, pobrezas e fragilidades como em cada ser humano; e também beleza e bondade como em cada criatura...
Insistir de forma obsessiva e perseguidora em um tema perdendo a visão de conjunto cria verdadeiramente caricaturas ofensivas do sacerdócio católico na qual me sinto ofendido.
Só lhe peço, amigo jornalista, que busque a Verdade, o Bem e a Beleza. Isso o fará nobre em sua profissão.

Em Cristo,
Pe. Martín Lasarte, SDB.

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Esta carta me fez lembrar uma frase que diz: "O exercício do jornalismo requer caráter e ética. Mentiroso produzindo notícia é tão perigoso quanto traficante vendendo droga: envenena" (Pe. Fábio de Melo)

Cresçamos nisso...

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Sete dicas para não perder a Esperança


Deus quer falar ao nosso coração para continuarmos nossa caminhada. Um cristão que não se sente a caminho está perdido. E esse caminho é um caminho difícil, pois Jesus já disse: “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me” (Mt 16, 24b). A crucificação não é um caminho fácil, mas também não é um caminho triste.

“Não ajunteis tesouros aqui na terra, onde a traça e a ferrugem destroem e os ladrões assaltam e roubam. Ao contrário, ajuntai para vós tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não destroem, nem os ladrões assaltam e roubam. Pois onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mt 6, 19-21)

É preciso viver nesta terra sabendo que ela não é nossa pátria, por isso devemos viver nela construindo nossa casa no céu. Isso é um mistério grande demais, mas se você não entra nele [neste mistério], você está fora do plano que Deus tem para você. Precisamos viver nesta terra com “link” ligado no céu. Muitas coisas nesta terra nos são oferecidas, muita “felicidade”. Mas esta terra é um lugar de sofrimento, basta olharmos para Jesus, que foi perseguido.

Mas temos um convite para que caminhemos com alegria e muita consciência para o céu. Darei a vocês 7 dicas de como não perder a esperança:

Primeira dica: Jesus é a esperança. Se eu não rezo, perco Jesus. Se perco Jesus, perco a esperança. A nossa vida de oração é igual a nossa vida com relação aos nossos alimentos, ao meio-dia comecei a sentir fome, então, tive que comer. A minha oração é feita daquilo que eu faço e não daquilo que penso; não adiantaria nada eu ficar pensando na comida e não comê-la. E a Igreja nos oferece a Palavra de Deus para que rezemos com ela, e não tem como ler a Sagrada Escritura fazendo outra coisa; é necessário nos dedicarmos à oração.

Esperança perde-se, pois nos distanciamos da Esperança Personificada: Jesus Cristo. Nós precisamos rezar, ir à capela, ter um tempo só para nós e Deus, nos confessar, rezar o terço, estudar a Palavra, adorar a Jesus. É preciso nos achegarmos ao Nosso Senhor; e isso só é possível orando.

Essa é a dica mais importante, pois Jesus é a nossa esperança.

Segunda dica:
Exercite a esperança. Ela é uma virtude. Jesus é tão bom que, além de Ele ser nossa esperança, Ele mesmo nos dá forças para que a exercitemos. Se não exercitamos a esperança, ela morre. Abra um sorriso, desfranza a testa! Dê um olhar de esperança, apesar dos problemas, pois todos os temos.

Jesus nos diz: “Não vos preocupeis com nada”, pois já teve quem se preocupou por você e até morreu por você na cruz!

Terceira dica: Cerque-se de esperança. Procure pessoas que o ajudarão a crescer, a olhar para as coisas e ter esperança. Olhe ao seu redor e veja quem pode ajudá-lo a ter esperança, pois essa pessoa está cheia de Jesus.

Quarta dica: Fuja da maledicência. Quem fala dos outros para você, fala de você para outros. Nunca ninguém morreu porque deixou de falar; ao contrário, tem mais paz, é mais feliz. Não conseguimos ficar quietos, queremos ficar sabendo de tudo e passar para frente.

Quinta dica:
Cuide de alguém, dedique-se a alguém, pois, senão, você vira uma ilha e perde a sensibilidade quanto aos outros. Dessa forma, você perde a esperança, pois você só olha para si mesmo e perde a vontade de fazer o outro feliz. Ninguém aprende a cuidar de si se não aprende a cuidar do outro. Nós fomos feitos para o outro.

Sexta dica:
Tenha amigos mestres. Você precisa ter uma pessoa, no máximo duas, para partilhar tudo e ajudá-lo nas situações que vive. Alguém com que você fala sem medo das palavras, abrindo o coração para que possa ser ajudado, na esperança, a seguir em frente nos seus propósitos, para que você tenha propósitos na vida cristã. Um diretor espiritual.

Sétima dica:
Escute Jesus, que é a nossa esperança. Exercitemo-nos na escuta a Jesus Cristo. Essa dica é tão importante como a primeira, eu preciso parar para escutá-Lo, identificar a voz d’Ele em meio a tantas vozes.

Como ter esperança sem escutar Jesus? Essa dica une-se à primeira: orar, dar a Jesus o seu ouvido, reclinar seu ouvido ao Coração d’Ele, pois Ele quer falar com você, orientá-lo, dar-lhe palavras de salvação dia a dia.

A sétima dica é esta: escute Jesus. E como? Exercitando-se na oração, pegando o terço e rezando como em jaculatória: “Fala-me, Jesus, ensina-me a Te escutar”.

Transcrição e adaptação: Regiane Calixto - Autoria de Ricardo Sá

domingo, 5 de dezembro de 2010

"Não ter tempo para Deus é viver perdendo tempo"


~ Observar o lento caminhar das núvens me levou a contemplar a gradatividade das coisas de Deus. Não importa o quão velozes sejam as coisas em nossas vidas, é preciso parar, calar, ouvir, esperar...
A pressa cravada na rotina da nossa sociedade nos cega. Nos leva aos conceitos precipitados, a superficialidade que é própria do que não foi observado a fundo, do qual se desconhece a essência. Quando olhamos a vida rápido demais, além de tudo, perdemos a oportunidade de aprender com os benefícios do silêncio, da reflexão.
Agir é sim, absolutamente necessário! Porém, toda atitude exige cuidados. Por mais difícil que seja aceitar, super-heróis não existem. Nós somos limitados, nossa razão não abraça tudo ao nosso redor, não podemos resolver tudo, nem fazer tantas coisas ao mesmo tempo. Simplesmente não dá.
Ao contrário de nós, Deus é plenitude. Todos os nossos limites encontram continuidade na Sua incontestável perfeição. Quando as exigências da vida transcedem as nossas capacidades precisamos parar. Não só parar, é preciso também calar para ouvir à Deus. O grande problema está aí: o tempo de Deus é o pra sempre e o mundo diz que nós temos que correr. Manter o equilíbrio diante de tamanho descompasso é um desafio, então faz-se necessário esperar, confiar em Deus, para que seja feita a Sua vontade...
Difícil? Sim. Muito! Entretanto, "Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem dos que amam à Deus, daqueles que são chamados segundo os projetos dEle" (Rm 8,28). Acredite meu irmão, por mais pedregosos que sejam nossos caminhos, se o seguimos pela vontade de Deus, tudo faz parte de um processo de preparação para o bem maior: a vida eterna.
Deus nos fala isso o tempo todo. Ele está em todas as coisas, mas e você? Já deu atenção a Ele hoje?

' Pense, pare e veja que o amor resiste! Olhe, prova, sente toca! É Deus que te faz entender toda a poesia, que torna mais valiosa a vida e prova que ainda dá pra ser feliz. Apenas atenda a quem chama... ♫

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

' Paixão quer ser feliz, amor quer dar a vida '

Todos sabemos que fomos feitos para amar. É nossa natureza, nossa origem! Somos provenientes de Deus e Deus é puro amor. #FaTTo!
O amor encontra a sua plenitude quando expressamos de forma concreta nossa capacidade de 'auto-esvaziar' pelo bem dos outros. Amor só tem sentido quando encontra, na doação, seu fundamento.
O preço às vezes é um tanto quanto alto demais, mas à condição salvífica. Dores de amor, doces dores... Gotas de eternidade!
Forças? Só em Jesus.
Faz do meu nada amor, Senhor! Dá-me Teu amor, ensina-me a amar.

' Sei que viver é amar, que amar é sofrer, que amar é se dar.. ♫

sábado, 13 de novembro de 2010

"Levante-se, pegue sua cama e volte para casa" (Lucas 5, 24b)


"Mas por causa da multidão, não conseguiam introduzi-lo. Subiram então ao terraço e, através as telhas, desceram o homem com a cama, no meio, diante de Jesus. Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse: 'Homem, seus pecados estão perdoados.'"(Lucas 5, 19-20)


Tal qual o paralítico, muitas vezes nos tornamos incapazes de caminhar sozinhos... A multidão dos pecados, preconceitos e medos nos impede de chegar até Jesus. A sabedoria desse episódio é fascinante! A deficiência daquele homem vai ao encontro do Senhor tal qual as nossas limitações, quando olhadas sob a óptica da cruz: Com esperança.

Deus Pai, confiou a Jesus uma missão, mas lhe deu o direito de escolher entre cumpri-la ou não. O Jesus Divino era também humano, e mesmo angustiando-se como tal, não desistiu, mantendo a convicção pelo plano do Pai. O paralítico não se deixou vencer pelos eminentes perigos, acreditou e alcançou a graça. É assim que devemos ser. Não interessa por quantos telhados ou calvários tenhamos que passar, é preciso confiar, vencer os medos e seguir.

Se o propósito pelo qual lutamos é agradável a Deus, é certo, vale a pena. Deus conhece a fé dos homens e por isso os faz provar. Fraquejamos algumas vezes, mas reconhecer a nossa pequenez é renovar a nossa “dependência de Deus”, é relembrar que não suportaríamos os fardos da vida se estivéssemos sós; é reafirmar a certeza de que aquele que busca a Deus jamais será abandonado.

Sabemos que não é fácil, e ninguém disse que seria. O fato é que somente quando somos provados tornamo-nos capazes de carregar a cama sobre a qual estava estendido o nosso comodismo. Portanto...

"Levante-se, pegue sua cama e volte para casa" (Lucas 5, 24b)

~ As vezes, Deus ‘se aproveita’ das feridas que os nossos limites no abrem para que aprendamos a lhe dar com eles, para que nos seja possível vencê-los, e enfim, isso não mais nos entristeça. A experiência do limite em comunhão com Cristo, nos permite olhar para as nossas misérias e enxergar o alto, o Deus que está acima de todas as coisas, a quem pertencem passado e futuro, que tudo vê; o Deus perfeito, o único capaz de transcender as grades da aparência. Em Cristo, você pode e vai vencer. LEVANTE-SE!